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Governador pretende fazer de Minas Gerais o Estado logístico do Brasil

Antonio Anastasia pretende facilitar o escoamento da produção através da recuperação de rodoviasAs prioridades do governo de Antonio Anastasia, que são chamadas de "obsessões" pelo próprio governador, são a geração de empregos de qualidade e a diminuição das desigualdades regionais e sociais.

Em entrevista à Agência Brasil, o governador de Minas Gerais pede uma redefinição do pacto federativo com uma descentralização maior dos tributos, a fim de que estados e municípios possam ter acesso a uma fatia maior dos recursos públicos nacionais. Como um importante polo de produção mineral (com mais de 40% da produção nacional), Minas Gerais também pede atenção especial aos royalties do minério que hoje seriam muito aquém do justo para o Estado.

Quanto ao governo federal, Anastasia diz que vem mantendo uma relação respeitosa e republicana com a presidente Dilma Rousseff e que tem certeza de que haverá boa cooperação entre os dois entes federativos, em especial nas políticas sociais. No entanto, o governador mineiro não poupa críticas ao governo federal ao falar sobre a BR-381, conhecida no estado como Rodovia da Morte. Segundo ele, a União tem dado prioridade zero à duplicação da rodovia.

Agência Brasil – O senhor, na verdade, já está há um ano no governo, pois, como vice-governador, assumiu a vaga deixada pelo governador Aécio Neves no ano passado. Mas como estão sendo esses primeiros meses de sua administração, depois de ser efetivamente eleito governador?

Antonio Anastasia – Nesse período, tivemos como foco implantar os compromissos traçados em nosso plano de governo. Em especial, na questão social, com o lançamento dos novos projetos sociais que serão incubados na Oficina de Travessias e implementados nas cidades com menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de Minas Gerais, como o programa Professores da Família. Apresentamos, ainda, metas e compromissos para os Acordos de Resultados para 2011, que já é uma tradição do governo de Minas. Lançamos, ainda, um novo projeto, chamado Minas em Movimento, que é o grande esforço que estamos fazendo a fim de chamar a sociedade mineira para participar conosco do governo, por meio de sugestões, opiniões e ideias em um site. É um projeto que prevê as melhorias em indicadores de Minas Gerais até 2030, porque temos que fazer um planejamento não só desses anos, mas do futuro.

ABr – Quais são as prioridades de seu governo?

Anastasia – Venho dizendo que nossa grande obsessão é a geração de empregos de qualidade, que é a forma mais eficiente de consolidar os avanços econômicos e sociais de um governo. Estamos atentos às oportunidades de cada região de Minas Gerais, no intuito de criar zonas de desenvolvimento regional. Paralelamente a isso, empreenderemos esforços no sentido de garantir que os produtos do estado saiam daqui com valor agregado. Isso vai ao encontro da nossa busca pela redução das desigualdades regionais, o que, naturalmente, também se desdobra em melhorias na educação, na saúde e na segurança pública.

ABr – Minas Gerais tem alguns problemas de infraestrutura, como a malha metroviária antiga e com poucos investimentos de Belo Horizonte e as rodovias mineiras que costumam ter muitos acidentes. Ao mesmo tempo, Minas é um importante estado produtor de minérios. O que o estado mais precisa em termos de infraestrutura?

Anastasia – Temos o objetivo de fazer de Minas Gerais o estado logístico do Brasil, com uma rede de transportes integrada e livre de estrangulamentos, de modo a fortalecer nossa economia e aproveitando, inclusive, nossa posição privilegiada. Nas rodovias estaduais, temos realizado ao longo dos últimos anos um grande trabalho para a sua recuperação. E temos conseguido. No passado, as rodovias estaduais estavam em estado lastimável. Hoje, há uma melhoria clara em todas as regiões do estado. Com o programa ProAcesso, levamos asfalto a 219 municípios mineiros aos quais só se chegava por estradas de terra. Criamos, ainda, o ProMG, com objetivo de recuperar e manter em boas condições de trafegabilidade as estradas estaduais, o que foi feito em 12 mil quilômetros. Mas, naturalmente, isso é um processo contínuo. Iniciaremos agora um novo programa, chamado Caminhos de Minas, com objetivo de interligar regiões, com financiamento do Banco Mundial. Serão mais 6 mil quilômetros a serem asfaltados e ligando as regiões de Minas Gerais, o que vai facilitar o escoamento da nossa produção e melhorar a mobilidade das pessoas em todos os aspectos. Temos, por outro lado, grandes estradas federais, em regra, com condições bem piores do que as estaduais. Algumas em obras de duplicação, mas, a prioridade zero, digamos assim, que temos em Minas Gerais – e temos dito isso publicamente ao governo federal – é a duplicação da BR-381, essa que é denominada tristemente como Rodovia da Morte. E, da mesma forma, temos outras pendências, como o Anel Rodoviário de Belo Horizonte, em condição lastimável. Outro ponto fundamental é a ampliação do metrô de Belo Horizonte, também de responsabilidade do governo federal. Já apresentamos uma proposta de parceria público-privada (PPP) para o metrô, mas não tivemos um posicionamento, uma resposta da União sobre o nosso projeto.

ABr – Como está sendo a relação com o governo federal e a presidente Dilma Rousseff? Ser de um partido de oposição (PSDB) prejudica?

Anastasia – A relação vem sendo como o esperado: respeitosa, republicana, baseada em questões administrativas. Isso faz parte da estrutura federativa brasileira. Tenho certeza que haverá uma boa cooperação e já oferecemos, inclusive à presidente Dilma, que Minas Gerais funcione como laboratório das políticas sociais. Estamos em contato permanente com sua equipe técnica e eu tenho sentido nela grande interesse em ajudar nesses programas para que possamos avançar mais, em Minas, nessa parceria com o governo federal e com os governos municipais.

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