A Petrobras é a dona da jazida, que não tem tecnologia para explorar o produto e transformá-lo em fertilizante. Ela precisa arrendar a concessão da mina à Companhia Vale do Rio Doce, que já explora potássio e tem conhecimento das técnicas para isso. A Vale, no entanto, não concorda com o preço que a Petrobrás quer pagar o arrendamento e este ponto representa o principal impasse, que já se arrasta há mais de quatro anos.
– O governo federal considera prioritário o aumento da produção de potássio no país e onde este projeto pode ser viabilizado já é em Sergipe, pois as outras alternativas são muito complexas – disse Déda.
O principal empecilho é o preço do acordo para a exploração, assunto sobre o qual as duas empresas não se entendem. A presidente Dilma comentou, no entanto, esperar que o impasse seja resolvido logo para que as explorações tenham início, ainda em 2012.
Na conversa, segundo Déda, a presidente Dilma citou que esse projeto tem importância não só para a política agrícola do país, com o aumento da produção de fertilizantes, como para a política econômica.
– É importante para a posição de soberania do Brasil. Um país que exporta commodities não pode ficar dependente da importação de potássio – observou o governador.
No entanto, a presidente não prometeu tomar nenhuma medida efetiva para apressar a assinatura do contrato entre as duas empresas.
De acordo com Déda, a presidente não tem como interferir diretamente na questão, não pode entrar na discussão da definição do preço do valor da jazida, porque se trata de uma negociação meramente comercial, entre duas empresas.
– A forma de ela intervir é explicitar à Petrobras a relevância desta exploração e mostrar à Vale que esta jazida precisa ser explorada. É inaceitável que as duas empresas não se entendam. Não se pode deixar US$ 4 bilhões enterrados, enquanto o país precisa da exploração do produto – insistiu.