Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, Waldez Góes, antecipou que os governadores dos Estados da Amazônia pretendem incluir a região no valoroso mercado de carbono e, ainda, criar alternativas para o estabelecimento de um fundo mundial para financiamento de políticas de desenvolvimento sustentável a todos os nove Estados.
? Não há motivos para deixar a Floresta Amazônica de fora das decisões que forem tomadas em Copenhague. Isso já aconteceu com o Protocolo de Quito e basta ? alertou.
Desta vez, durante o 5º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal, os chefes do Poder Executivo dos Estados amazônicos irão se reunir com o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e outros representantes do governo federal. No mês de setembro, eles já anteciparam as discussões em encontro com o presidente Lula em Brasília.
Em Macapá, o primeiro ponto de pauta será a apresentação do relatório da Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), desenvolvido por uma equipe da força-tarefa criada pelo presidente Lula para tratar do assunto. Outros temas regionais, como o transporte aéreo e hidroviário na Amazônia, também serão debatidos no encontro.
? Nossa expectativa agora é de consolidar essa proposta unificada dos governadores com o governo federal, durante o Fórum de Governadores em Macapá, para que tudo isso seja apresentado na Dinamarca ? ressaltou o governador.
Outra expectativa, segundo o governador do Amapá, é de que uma parte do Produto Interno Bruto (PIB) mundial seja destinada para resolução de problemas envolvendo as mudanças climáticas. Atualmente, o grande problema gerador do aquecimento global é o carbono emitido pela queima de combustíveis fósseis, como gasolina, carvão e diesel. Ainda assim, a liberação de carbono das florestas ? com as queimadas e o desmatamento em geral ? precisa ser considerada, apesar da divergência dos pesquisadores quanto ao percentual que elas emitem para a atmosfera.