Agora a principal preocupação das autoridades é com o município de Manaus. A Agência Nacional de Águas já soltou o alerta: em dois dias, um dos principais afluentes do rio Amazonas, o Rio Negro, subiu 12 centímetros, oito centímetros a mais do que na pior enchente já vista na região: a de 1953.
? A situação é grave, porque são milhares de famílias que serão desalojadas ou que estarão sob risco de doenças, de desabastecimento e coisas do tipo ? disse o presidente da ANA, José Machado.
Segundo o governo, a previsão para os próximos sete dias é de mais chuva no Amazonas. Estima-se que até a próxima terça-feira, chova 400% acima do previsto para esta época do ano. Mas a Defesa Civil garante que medidas de apoio à população não vão faltar.
? Tudo o que for necessário para amenizar o sofrimento das pessoas afetadas por desastre será feito: remoção, ocupação de abrigos, de órgãos públicos, todos os movimentos necessários para amenizar o sofrimento dessas pessoas ? completou o secretário Nacional da Defesa Civil, Roberto Guimarães.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, medidas preventivas evitariam tragédias como a que aconteceu em Santa Catarina.
? A ideia é evitar ocupação das faixas marginais dos rios, reflorestar a faixa marginal dos rios, construir nos locais mais elevados da cidade. Mas todos sabem que a ocupação dessas cidades, muitas vezes, é desordenada. Nós queremos evitar, por exemplo, que aconteça em Manaus, algo parecido com o que aconteceu em Santa Catarina. Desta vez, vamos atuar mais forte na prevenção ? finalizou Minc.