A alteração nos valores atende à reivindicação da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), em função do baixo desempenho do leilão realizado no dia 27 de maio, quando foram comercializadas 411,3 mil toneladas, menos de 70% das 600 mil toneladas ofertadas.
Segundo a Aprosoja, os valores dos prêmios foram insuficientes para assegurar ao agricultor o recebimento do preço mínimo de garantia estabelecido pelo governo federal, de R$ 13,98 por saca de 60 kg. Somente nas regiões norte e centro-norte, que têm como referência os municípios de Sinop e Sorriso, respectivamente, a comercialização atingiu 100% da oferta.
Mesmo com a perspectiva de quebra da safra de milho em Mato Grosso, em virtude da estiagem, a Aprosoja diz que os leilões de PEP são necessários por causa do volume de soja em Mato Grosso que ainda não foi escoado. Glauber Silveira, presidente da Aprosoja, diz que o escoamento do milho será feito de maneira plena somente após a retirada de grande parte da soja.
? Como o Estado tem limitações por conta da infraestrutura de logística de transporte e armazenagem, o escoamento quase que simultâneo do milho e da soja fica praticamente inviável ? disse Silveira.
Na última quarta-feira, Glauber Silveira se reuniu com o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, quando relatou a tranquilidade com que estão ocorrendo os leilões de milho em Mato Grosso, do ponto de vista legal.
? Diferente do que ocorreu no ano passado, quando foram constatados indícios de irregularidades por parte de algumas empresas, este ano as ofertas públicas estão sendo realizadas sem problemas ? avaliou.
Ele afirmou que a Aprosoja e os sindicatos rurais estão acompanhando de perto as operações e não hesitarão em denunciar ao Ministério Público tanto empresas quanto produtores que vierem a tentar burlar as regras.