A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará leilões de Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) e Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) para apoiar a comercialização de um milhão de toneladas de arroz. Em Aquisição do Governo Federal (AGF) serão 320 mil toneladas e mais 700 mil toneladas em contratos de opção de venda.
– Temos muitas questões que precisamos conversar com nosso setor arrozeiro, mas as medidas de hoje vão tranquilizar o setor até o fim do ano – afirma o ministro.
Representantes dos produtores ressaltam que o apoio é importante, mas é preciso resolver o problema da demora entre os lançamentos das medidas e a chegada do benefício aos produtores.
– Esse foi o grande erro nos últimos tempos. Precisamos que essa execução ocorra em tempo real. Essa é a angústia do produtor – diz o deputado Afonso Hamm (PP-RS).
O secretário de política Agrícola do Ministério, Caio Rocha, informa que o governo se preocupou em dar mais agilidade na liberação dos recursos.
– Nem sempre o nosso tempo é o tempo do produtor. Por isso, o ministro Mendes Ribeiro pediu ao ministro Guido Mantega para que houvesse um processo de agilização – aponta.
Apesar de os recursos do programa serem inferiores aos aplicados no ano passado, governo e produtores dizem que o montante é suficiente para atender ao pleito do setor, porque a situação atual é menos crítica. Na safra passada, o preço de mercado do arroz chegou a R$ 18,00 a saca, o que levou o governo a desembolsar R$ 983 milhões no apoio à comercialização de 2,98 milhões de toneladas do produto.
A importação de arroz de outros países, que deve chegar a 1,3 milhão de toneladas este ano, é tida como uma das causas para os baixos preços praticados no mercado. Na semana passada, o ministro Mendes Ribeiro Filho se reuniu com o ministro da Agricultura argentino e propôs o estabelecimento de cotas para se buscar um equilíbrio na entrada do produto no país. Atualmente, o Brasil compra cerca de 50% das 850 mil toneladas de arroz que a Argentina exporta.