Uma fiscalização conjunta realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apreendeu, no estado de Goiás, mais de quatro toneladas de defensivos agrícolas roubados, seis toneladas produtos de dez marcas falsificadas e duas toneladas de vencidos.
A operação foi realizada de 4 a 8 de dezembro e teve como foco as investigações efetuadas após o roubo da empresa Sipcam Nichino, em Uberaba-MG, no mês de julho. O crime resultou em um prejuízo de R$ 50 milhões para a empresa.
As investigações identificaram os autores do roubo e apontaram o envolvimento de comerciantes do estado de Goiás que agiam na distribuição dos defensivos roubados na região dos municípios goianos de Goiatuba, Caçu, Vicentinópolis e Edealina.
Nos estabelecimentos comerciantes e nas propriedades rurais envolvidas foram resgatados os produtos apreendidos. Os produtos roubados serão restituídos às vítimas e os defensivos falsificados e vencidos serão encaminhados para a incineração, por serem impróprios para o uso.
Defensivos apreendidos foram avaliados em R$ 1,2 milhões.
Durante a fiscalização, também foram identificados defensivos distintos oriundos de outros roubos ocorridos nos estados da Bahia, Tocantins e São Paulo.
O chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos Agrícolas do Mapa em Goiás, Márcio Queiroz, alerta que os produtos vencidos roubados estão alimentando as falsificações. “Já encontramos em fábricas clandestinas produtos vencidos, junto de agrotóxicos falsificados. Isso liga um alerta à fiscalização e aos produtores rurais, para não deixarem produtos vencidos estocados nas propriedades rurais, pois estes são um atrativo para os roubos, além de ser uma infração à Lei Federal”.
Queiroz ainda orienta os produtores a darem a devida destinação aos produtos vencidos. “Os defensivos nestas condições devem ser incinerados como produtos perigosos, como são, e não devem ser utilizados nas lavouras, pois, com o passar do tempo, perdem a eficácia, resultando possivelmente em maior incidência de pragas e doenças e a prejuízos aos produtores rurais”, reforçou.