Os empréstimos terão um prazo de cinco anos com taxas de juros entre 9% e 9,5%, e serão concedidos pelo estatal Banco Nación, conforme detalhou o Ministério da Agricultura. A Argentina quer chegar em 2015 com 77 milhões de cabeças de gado. O atual estoque gira em torno de 48,2 milhões de cabeças.
As taxas do mercado são superiores a 20% e os produtores têm dificuldades para conseguir créditos. As metas e os créditos fazem parte do Plano Nacional de Pecuária que pretende também ampliar a produção de carne suína e de frango. O ministro de Agricultura, Julian Domínguez, disse nesta sexta, dia 8, durante o lançamento oficial do plano, que o governo quer estimular o consumo de outras carnes, mas também pretende elevar o consumo per capita de carne bovina dos atuais 57 quilos para 60 quilos anuais.
Segundo a Câmara de Indústria da Carne da República Argentina (CICCRA), baseados em números oficiais, o consumo interno de carne bovina caiu 13,2% de 2009 para 2010, ficando em 2,38 milhões de toneladas. Na mesma comparação, as exportações de carne retrocederam 52,7%, somando 302.034 toneladas. A produção caiu 20,7%, para 2,68 milhões de toneladas.
O governo afirma que o retrocesso é produto de uma forte redução do rebanho, mas culpa somente a estiagem de 2009. Os produtores apresentam um segundo motivo: a política oficial de intervenção que levou à liquidação do rebanho e migração dos pecuaristas para cultivos rentáveis, como a soja.