A importação de frangos pela Rússia no ano que vem deve ser diminuída em 300 mil toneladas, para 952 mil toneladas. O país não é o principal mercado consumidor do frango brasileiro. Atualmente representa quase 5% do total do volume embarcado.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frango (Abef), entre janeiro e outubro de 2008, de um total de 3,1 milhões de toneladas vendidas do produto, apenas 147,7 mil toneladas tiveram como destino a Rússia ? menos 7% na comparação com o mesmo período de 2007. A receita, no entanto, subiu 25% e chegou a US$ 292 milhões.
Já no setor de suínos, a Rússia optou por reduzir em 200 mil toneladas as importações acima da cota normal. Assim, as compras em 2009 podem chegar a 500 mil toneladas, frente as 700 mil toneladas previstas para este ano.
A medida pode ter um impacto mais significativo para os exportadores de suínos brasileiros, do que para o de frangos. Isso porque a Rússia é o principal destino da carne suína nacional. De acordo com Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), das 46,9 mil toneladas de carne suína embarcadas em outubro, 18,7 mil foram para a Rússia ? o equivalente a 40% do total vendido.
Mas no acumulado do ano, as exportações recuaram 3,9% frente ao mesmo intervalo de 2007. E boa parte da redução é motivada pela diminuição das vendas para os russos, de 218,4 mil toneladas para 203,6 mil nos 10 primeiros meses do ano ? queda de 6,7%.
Na tentativa de assegurar sua posição neste importante mercado, o Brasil vai propor uma mudança na política russa de cotas de importação para a carne suína. Hoje os limites de volumes são distribuídos por países, mas a idéia é que seja aberta uma cota única, deixando os importadores livres para comprar dos fornecedores mais competitivos.