Governo chinês prevê importação recorde de soja pelo país

China divulgou previsões para compra de grãos em 2012As importações de soja da China devem chegar a 7,23 milhões de toneladas em maio, conforme o Ministério do Comércio do país informou nesta sexta, dia 25. As estimativas foram revisadas para cima em relação à projeção anterior de 5,63 milhões de toneladas, com base em relatórios de importadores para o período de 1º a 15 de maio. Se confirmados, os dados serão recordes.

O ministério também avalia que as importações podem alcançar 5,16 milhões de toneladas em junho. A projeção pode não refletir os dados reais, pois não inclui todas as cargas.

Milho, trigo e arroz

As importações de milho devem subir 75%, para aproximadamente 7 milhões de toneladas no ano comercial que começa em 1º de julho, de acordo com o Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês). Na previsão anterior, a instituição havia projetado a compra de 6 milhões de toneladas do exterior no período. Para 2011/2012, o IGC manteve a estimativa de importação do grão inalterada em 4 milhões de toneladas.

A IGC também revisou para cima a previsão para as importações de trigo do país em 2012/2013 em 20%, para 1,8 milhão de toneladas, número que ainda está abaixo dos 2,8 milhões de toneladas estimados para o ano que termina em 30 de junho de 2012.

As importações de grãos, à exceção do arroz, devem ultrapassar a marca psicológica de 10 milhões de toneladas em 2012/2013, segundo o IGC. A China era um exportador líquido de milho até 2009, mas o aumento da demanda colocou pressão adicional sobre a oferta global em um momento em que o volume usado para fabricar etanol é maior, especialmente nos Estados Unidos, maior exportador mundial do grão.

O consumo de milho pela indústria chinesa deve subir 6%, para 53 milhões de toneladas no ano que começa em 1º de outubro, e o uso para ração deve aumentar 2%, para 129 milhões de toneladas. Os estoques em 1º de outubro devem atingir 57,4 milhões de toneladas, uma alta de 6,7% no ano. Devido ao aumento da demanda, as importações crescem, apesar da forte produção doméstica e dos estoques.

Agência Estado