O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, anunciou nesta terça-feira (17) a criação de um comitê para tentar conter o avanço do greening, doença que já atinge 38,06% das laranjeiras de São Paulo e Minas Gerais.
O comitê será composto por representantes do governo estadual, da iniciativa privada e da academia, e terá como objetivo elaborar e implementar um plano de ação para conter o avanço da doença.
Entre as medidas previstas estão uma grande campanha de conscientização e orientações em relação ao greening, fiscalização de pomares abandonados e fortalecimento da pesquisa para aprimoramento do controle (curto e médio prazo) e soluções duradouras (longo prazo).
“Precisamos aprender com os erros. Todos vimos o que aconteceu com a Flórida [nos EUA, onde a produção, em 20 anos, caiu de 240 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg para 20 milhões]. A citricultura é um orgulho para nós de São Paulo. Estamos cem por cento empenhados em superar o problema”, diz o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Guilherme Piai.
“Em mais de 50 anos de citricultura, eu nunca vivi uma situação tão difícil quanto a atual”, disse o citricultor Eurides Fachini. “Saímos da reunião com objetivos claros. O novo governo foi muito ágil, entendeu nossa preocupação.”
O que é o greening?
O greening é uma doença causada por uma bactéria que ataca as laranjeiras, provocando o amadurecimento precoce dos frutos e a queda das folhas.
A doença é transmitida pelo psilídeo, um inseto que se alimenta da seiva das plantas.
O greening alcançou a maior incidência em quase 20 anos nos pomares de São Paulo e do Triângulo Mineiro – as maiores regiões produtoras de laranja do país. Quatro em cada dez árvores estão infectadas.