? O governo está estudando, trabalhando com cautela sobre as listas e apenas no próximo ano sairá uma decisão sobre o assunto ? disse Benedito Rosa, após participar de reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior da Fiesp (Coscex).
No mês passado, o secretário de Relações Internacionais do ministério, Célio Porto, depois de um encontro na mesma Fiesp, havia previsto que as sanções do Brasil poderiam ser definidas até novembro.
A estratégia, afirmou, passava por identificar tarifas que os Estados Unidos usam contra produtos brasileiros (como açúcar, álcool e suco de laranja) e aplicá-las contra itens americanos, como o trigo e o próprio algodão.
A Organização Mundial do Comércio (OMC) permitiu, no final de agosto, que o Brasil aplicasse retaliações aos Estados Unidos, em razão de subsídios concedidos à produção de algodão.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) montou então um grupo de trabalho sobre o tema. O embaixador Sérgio Amaral, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo, defendeu que o assunto seja conduzido por “critérios técnicos, sem ideologia”.