São 75 ações movidas contra pessoas físicas e madeireiras do Mato Grosso .Segundo o ministério do Meio Ambiente, a área total desmatada no Estado é de 80 mil hectares. Só de madeira ilegal foram transportadas da região o correspondente a três mil caminhões.
? Essas 75 são do Mato Grosso, não por ele ser o maior desmatador, porque ele não é ( é o Pará), mas porque a gente fez um esforço concentrado. As outras serão do Pará e as terceiras de Rondônia ? afirma o ministro Carlos Minc.
Essa é a terceira lista que o Ministério do Meio Ambiente divulga em um ano. Na primeira, foram incluídos órgãos públicos como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os dados mostraram que os assentamentos da reforma agrária lideravam a lista dos que mais desmatam a floresta amazônica. O anúncio causou polêmica, por isso o governo resolveu preparar listas separadas.
? Em relação ao Incra, os processos não são judicializados, eles são todos resolvidos dentro da AGU, através de uma Câmara de Conciliação. Por isso que na lista de hoje, que é uma lista de ações em juízo, o Incra não está aparecendo ? explica o procurador federal da AGU, Marcelo Siqueira.
Para zerar o desmatamento na Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente sabe que apenas ações de fiscalização não bastam. O ministro Carlos Minc defendeu a instalação, nos Estados, de varas especializadas no julgamento de processos sobre o meio ambiente.
? Quanto mais o Ibama, o ministério e o Chico Mendes (instituto) tiveram advogados gerais trabalhando conosco, quanto mais a justiça for efetiva, menos será a impunidade, mais duramente ela será combatida. Eles têm que pagar milhões de reais em multa; têm que plantar milhões de árvores.