O governo sinaliza ainda aos bancos que os percentuais serão reduzidos em um ponto ao ano, a partir de 2010, até retornarem aos patamares anteriores, vigentes até novembro do ano passado. O Secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, disse que a decisão foi tomada três meses antes do vencimento da medida porque alguns bancos já estavam começando a frear liberação de recursos para novas operações de crédito rural.
? Em conversas com as instituições financeiras, elas nos colocaram que já estavam reduzindo as aplicações para a comercialização desta safra. Nem era para a safra 2009/2010. Porque já estavam imaginando uma necessidade menor de obrigação de aplicações em crédito rural a partir de 1º de junho ? afirmou.
Segundo Bittencourt, a medida tem ainda mais importância na medida em que mantém essas aplicações num momento de “incertezas”em relação à próxima safra, principalmente por não se saber se as tradings, empresas multinacionais que financiavam, em média, 35% da safra brasileira e, em alguns Estados, como o Mato Grosso, eram responsáveis por até 70% do crédito agrícola ofertado, retornarão ao mesmo patamar de participação, depois de uma recuada drástica depois que a crise financeira semeada nos Estados Unidos infectou outros campos da economia.
? A nova safra já começa agora em termos de decisão sobre plantio. Os financiamentos podem até começar mais tarde, mas já sinalizamos (com a medida) que vai ter mais recurso, que não vai reduzir ? afirmou Bittencourt.