O professor de Engenharia Elétrica da UnB, Mauro Moura, confirma que, além de reduzir o consumo nos horários de pico, a medida previne o risco de apagão.
? Há uma redução de consumo de energia elétrica em alguns momentos e horários considerados de maior consumo. Com esta redução, nós temos uma maior capacidade operativa do sistema. O sistema trabalha com um pouco mais de folga, tornando a operação mais segura ? explica Moura.
Na cidade, os dias mais longos agradam muita gente, mas há quem reclame. É o caso do vendedor Francisco Soares, que levanta sempre às 5h da manhã.
? A gente sai cedo e aí sai de madrugada. É um horário diferente, e aí sai de noite demais. Está correndo perigo para chegar e para sair ? explica Soares.
Já no campo, o horário de verão não muda tanto o dia-a-dia. Quem define o momento certo de cada tarefa é a natureza. O produtor de leite José Bento, nesta época, tem que manter a hora da ordenha para garantir que o trabalho seja feito à luz do dia.
? Se você está ordenhando às 6h, tem que passar a ser às 7h. Se você está ordenhando às 18h, tem que ser quase que às 20h ? diz Bento.
A alteração humana nos ponteiros do relógio também não muda a rotina de trabalho com as galinhas. Por lá, o dia só começa com os primeiros raios de sol.
? Se levantar, por exemplo, às 6h, está escuro. A galinha está dormindo, não tem nenhuma solta. Estão todas escoradas no lugar de dormir. É só o sol sair que ela cai fora e vai se alimentar ? conta.