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Governo estuda ampliar programa Mais Irrigação a pequenos produtores rurais

Agricultores poderão usufruir de áreas com alto potencial hídrico; produtores de cana podem ser os mais beneficiados, já que a cultura é a que mais utiliza irrigação no paísA cana-de-açúcar é a cultura que mais utiliza irrigação no país. O acesso à tecnologia custa caro. Para ampliar a área irrigada, o governo federal estuda disponibilizar os subsídios do programa Mais Irrigação também para pequenos produtores.

Há dois anos, uma propriedade em Goianésia (GO) modernizou o sistema de irrigação, criado em 1996. Os pivôs rebocáveis foram substituídos por fixos. A irrigação, que era de salvamento e à base de adubos, virou suplementar. A ideia surgiu para combater a seca do Cerrado, que tem prejudicado o cultivo na região.

– Aqui, em anos mais difíceis, chega a 180 dias sem chuva, então, para ter produção de cana, é preciso ter irrigação. A ideia dela é diminuir hectares plantados de cana e aumentar a produção por área plantada – diz o gestor cooperativo de irrigação Patrick Francino Campos.

Foram anos de estudos até chegar ao projeto final, que incluiu a construção de uma barragem para armazenar a água. O processo é simples: a água coletada é enviada para uma estação e bombeada para o equipamento que fica na lavoura. O pivô é operado à distância, o que dispensa o uso de mão de obra no local, e programado de acordo com cada fase da cultura.

Dos 5,5 milhões de hectares irrigados no país, 1,7 milhão é destinado ao cultivo é de cana-de-açúcar. Nos demais, aparecem o arroz em casca (1,1 milhão), a soja (624 mil), o milho em grão (559 mil) e o feijao de cor (195 mil). Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que, em todo o país, 30 milhões de hectares tem potencial para irrigação, sendo que quase a metade, 14 milhões, está concentrada na região Norte, cinco milhões no Centro-Oeste, 4,5 milhões no sul, quatro milhões no Sudeste e 1,5 milhão no Nordeste.

Para aproveitar os recursos naturais e tornar uma área irrigada, além do projeto, o agricultor precisa de dinheiro para investir em tecnologia. O custo de cada hectare de cana irrigada, com o uso do equipamento, varia entre R$ 3.500 e R$ 6.500.

Na fazenda de Goianésia, para irrigar nove mil hectares, foram investidos R$ 34 milhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Soci (BNDES). Parte desse valor já foi recuperado com o aumento da produtividade.

– A gente já tem ganhos, algo em torno de 30% acima do que não está sendo irrigado. Há possibilidade de chegar a 50% tranquilamente – acrescenta Campos.
 
Para  ampliar o uso da tecnologia na agricultura, o Ministério da Integração Nacional criou o programa Mais Irrigação, que prevê o investimento de R$ 10 bilhões em recursos federais e parcerias com a iniciativa privada, que vai disponibilizar linhas de crédito e subsídio, inicialmente para médios e grandes produtores.

– Para isso, estamos estudando a ampliação do subsídio para o pequeno produtor. Nas áreas com possibilidade hídrica, isso pode melhorar o uso da água. Ela não está sendo gasta, consumida, está sendo utilizada. Utilizando a irrigação, você pode produzir três vezes mais no mesmo terreno. Quem vai decidir isso é o empreendedor – explica o secretário de Irrigação do Ministério da Integração, Miguel Ivan.

– Hoje, nós temos 8% da lavoura irrigada, é muito pouco, queremos chegar a 30% e, com isso, aumentar a produtividade verticalmente – destaca Francino Campos.

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