O governo está formulando novas formas de intervenção para minimizar a volatilidade e garantir preços mínimos no mercado doméstico de commodities agrícolas.
– As políticas existentes não estão preparadas para coibir esta volatilidade – disse o secretário de Política Agrícola, André Nassar, do Ministério da Agricultura. Ele participa nesta quinta, dia 16, do seminário “Agricultura no Brasil, Perspectivas e Desafios”, da FGV Projetos, em São Paulo.
Segundo Nassar, é prioridade zero da secretaria formular essas novas políticas que devem favorecer em um primeiro momento as cultura do algodão e café. Ele não deu detalhes sobre os planos, mas disse que esses mecanismos devem ser implementados em 2016.
Nassar afirmou, ainda, que é preciso encontrar novas fontes de crédito, além do oficial, para financiar a agricultura.
– Se a produção, principalmente de soja e milho, crescer de forma agressiva, com o melhoramento da logística do País, é muito provável que o crédito não acompanhe – disse.
Nos últimos anos, a garantia de preço mínimo é realizada por meio de mecanismos como Aquisições do Governo Federal (AGF), aplicadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para recompor os estoques reguladores; Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro), por meio do qual o governo ‘paga’ ao agricultor a diferença entre o preço mínimo e o valor de mercado; e o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), subsídio para reduzir o custo do frete.