A liquidação da operação é no próximo dia 29 e, até lá, o governo avalia o risco político de uma nova operação ao BNDES, mesmo depois das declarações da equipe econômica garantindo que a instituição não receberia mais aportes do Tesouro. Segundo essas fontes, esse novo empréstimo ao BNDES representa, neste momento, uma “carta na mão”, colocada na complexa engenharia financeira montada para viabilizar a capitalização da Petrobras.
A venda de novas ações da estatal permitiu ao governo aumentar sua participação no capital da petrolífera e, ao mesmo tempo, reforçar o seu caixa para o cumprimento da meta de superávit primário das contas do setor público deste ano. Uma minuta de uma medida provisória (MP) autorizando o novo empréstimo está pronta e poderá ser editada, a qualquer momento, se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aprovar a operação. Na prática, esse empréstimo, se concedido, significará novo aporte do Tesouro Nacional.