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Governo facilita regras sanitárias de produtos da União Europeia

Medida foi vista como uma forma de amenizar as críticas ao setor da carne brasileira

Fonte: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governo brasileiro ofereceu uma maior abertura de seu mercado agrícola para alguns produtos europeus, o que foi interpretado como uma forma de amenizar as críticas ao setor da carne nacional e chegar a um entendimento para impedir novos bloqueios à pecuária.

Há dez anos, os europeus vêm insistindo para que o Brasil aceite a importação de determinados produtos agrícolas. Uma lista preliminar apontava para o interesse em expandir bens como frutas, alguns cortes de carnes e, principalmente, produtos do setor lácteo.

Num primeiro gesto, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, enviou uma carta ao comissário de saúde da União Europeia informando a decisão do Brasil de atualizar a lista de produtos de origem animal que o governo autorizaria a importação da Europa.

O governo também facilitou as exigências sanitárias aos produtos exportados pelos europeus ao Brasil. Até agora, para cada planta que quisesse vender ao mercado brasileiro, uma missão de fiscais tinha de ser enviada para para examinar as condições de produção e certificar a venda.

Pela nova proposta, essa exigência será flexibilizada. Se uma das plantas daquele país já estiver habilitada, as demais indústrias do mesmo setor interessadas em vender ganhariam automaticamente o direito de entrar no mercado brasileiro, sem o envio de uma nova missão de fiscais brasileiros para a Europa. O novo exportador vai precisar apenas solicitar às autoridades europeias que o adicionem à listagem geral. 

O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Pedro Miguel da Costa e Silva, confirmou a iniciativa. “Enviamos na semana passada uma série de autorizações para facilitar a entrada de produtos agrícolas ao Brasil. Isso tem um valor econômico importante e atendemos a pedidos dos europeus justamente na área sanitária”, explicou.

Costa e Silva, porém, garante que a autorização não tem relação direta com a crise da carne. “São coisas diferentes”, garantiu. 

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