Governo faz nova tentativa de conter cotação do dólar com aumento do IOF

Mantega diz que a medida também afetará a oferta de crédito e punirá quem pega dinheiro emprestado no exterior para fazer especulaçãoOs bancos e as empresas que pegarem dinheiro emprestado no Exterior por menos de dois anos pagarão Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6%, anunciou há pouco o ministro da Fazenda, Guido Mantega. É a terceira tentativa do governo para contar a queda da cotação do dólar em uma semana.

Mantega disse que a medida também afetará a oferta de crédito e punirá quem pega dinheiro emprestado no exterior para fazer especulação.

? Atualmente, as empresas costumam tomar empréstimos para prazo mais longo. Quem quer fazer arbitragem [aproveitar-se da diferença de juros entre o Brasil e os países desenvolvidos para trazer dólares] toma para prazos mais curtos. Além de reduzir fluxo de capital de dólares, estamos procurando diminuir oferta de crédito para a economia brasileira ? disse Mantega.

Em outubro do ano passado, o governo aumentou de 2% para 6% o IOF sobre a entrada de moeda estrangeira em aplicações em renda fixa. A medida foi insuficiente para conter o ingresso de dólares, que superou a saída em US$ 12,6 bilhões em março. Apenas no primeiro trimestre, a entrada líquida somou US$ 35,5 bilhões, o maior valor da história.

Na semana passada, o governo anunciou duas medidas, o aumento em seis pontos percentuais do IOF sobre compras no Exterior em cartão de crédito e a cobrança do imposto sobre empréstimos diretos e captações de recursos no mercado internacional.