O acordo foi firmado em um seminário internacional sobre o assunto, na esfera do desenvolvimento sustentável, dentro da programação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
As políticas públicas brasileiras, no âmbito da agricultura familiar, vão servir como exemplo para outras nações implementarem seus próprios mecanismos de produção.
— As pessoas já veem e querem saber como funciona. Esses países podem adaptar as políticas públicas que desenvolvemos aqui — destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Vargas disse que é de interesse do Brasil que os países envolvidos no convênio desenvolvam programas que estimulem as atividades rurais produtivas como forma de impulsionar o crescimento econômico.
— Quando esses países se fortalecerem nas políticas da agricultura familiar nós vamos nos beneficiar com isso. Precisamos que nossos vizinhos entrem em uma rota de crescimento econômico e de inclusão social, como o Brasil vem vivenciando nos últimos anos — disse.
O ministro acredita que a agricultura familiar é a grande alternativa para a erradicação da pobreza no país e no mundo.
— O Brasil é o típico caso. Mais de 70% dos alimentos consumidos pela população brasileira são produzidos por 4,3 milhões de agricultores familiares que produzem de forma mais sustentável e geram mais trabalho no campo — explicou Vargas, acrescentando que 74% do trabalho do campo é gerado pelos empreendimentos familiares.
Já o diretor-geral da FAO, José Graziano, disse que, a partir do segundo semestre, será incluído, na pauta do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o tema da segurança alimentar.
— Há uma relação muito forte entre segurança alimentar e paz. Se a gente olhar os países que têm conflitos, guerras internas, todos eles têm um problema crônico de fome — observou.
Sobre a erradicação da extrema pobreza no país, o ministro Pepe Vargas informou sobre a existência de um esforço para que até 2014 esse desafio tenha sido superado.