Governo federal assina acordos para implementação do Cadastro Ambiental Rural em 11 Estados

Medida permitirá recebimento de imagens de satélite das propriedadesO Ministério do Meio Ambiente assinou nesta quarta, dia 28, acordos com 11 Estados para a implementação do Cadastro Ambiental Rural. A medida permitirá que os Estados recebam, gratuitamente, imagens de satélite das propriedades, necessárias para que os municípios possam fazer parte o cadastramento. O objetivo do órgão é concluir a parceria com todas as unidades da federação até 2014.

A ideia é facilitar a identificação de Áreas de Preservação Permanente e Reservas Legais nas propriedades. Hoje, cinco milhões de imóveis rurais no país precisam estar dentro da lei ambiental.

— O objeto desse acordo de cooperação é apoiar os Estados, fazer uma integração de base de informação para que o produtor tenha condição de cadastrar o seu imóvel rural — explica o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral.

Amazonas, Acre, Rondônia, Goiás, Piauí, Sergipe, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul fecharam convênio para implantar o Cadastro Ambiental Rural. A partir de agora, esses Estados terão dois anos para aderir ao cadastro. Ele é pré-requisito para acesso ao crédito e participação em programas de recuperação ambiental, além de suspender multas para quem desmatou ilegalmente e quer se regularizar.

— Esse é um passo importante, que dialoga com um trabalho extenso que terá que ser feito de regulamentação do Código Florestal, que nós demos apenas o primeiro passo no decreto da Presidência da República — afirma a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Para quem faz o dever de casa, vai ser ainda mais fácil. É o caso do Amazonas, que já cadastrou duas mil propriedades.

— Nós vamos fazer uma complementação do nosso sistema de forma que converse com o sistema do governo federal e, também, alguns ajustes, porque as ferramentas colocadas pelo ministério do Meio Ambiente são importantíssimas para nós. Então, é um aprimoramento do sistema que nós temos — diz o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Antônio Ademir Stroski.

Algumas entidades lembram que será preciso fiscalizar a implementação do cadastro.

— Ele, isoladamente, não é suficiente. É fundamental que haja uma estratégia nacional. Isso significa recursos, para que os Estados possam de fato avançar e mais do que isso: monitorar e fiscalizar — diz o representante do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, André Lima.

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