Uma série de recursos foi anunciada pelo governo federal. A intenção é facilitar o escoamento do produto que teve um acúmulo de 14 milhões de toneladas este ano.
? Nós reforçamos os volumes de Prêmios para Escoamento da Produção e de contrato de opção para venda ao governo. Compra de estoque para o governo e o subsídio na liquidação dos financiamentos da agricultura familiar dá um conjunto de aproximadamente R$ 1,1 bilhão de recursos oficiais que serão usados pra sustentar preços do arroz. São medidas enfoques que a nosso ver vão propiciar uma reversão do quadro nos próximos 60 dias ? observa o secretário nacional de Política Agrícola, José Carlos Vaz.
Com uma safra recorde no Mercosul, os preços do produto no mercado interno caíram mais de 30% em relação a 2010. A expectativa do governo com as medidas é fazer com que o preço do arroz volte a reagir.
? Nós estamos otimistas em relação às medidas do governo aos diferentes mecanismos que foram lançados de PEP, AGF, compra com opção de renda que representam quase cinco milhões de toneladas ? relata o secretário adjunto de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (RS), Cláudio Fioreze.
Aliado a essas medidas, estão em estudo o uso do arroz como ração para os animais no lugar do milho, além da desoneração tributária. De acordo com o secretário adjunto, o Estado gaúcho perde em média R$ 80 milhões em ICMS por trazer milho de outros Estados. São 1,5 milhão de toneladas.
? O que nós estamos buscando, uma equação técnica e tributária pra viabilizar o uso do arroz na alimentação de suínos, aves e também de outras espécies, se for o caso. Do ponto de vista técnico nutricional já existem pesquisas que mostram a viabilidade do uso, a questão e buscar uma equação econômica tributária que permita a competitividade para o uso do arroz ? ressalta Fioreze.