– Um dos gargalos é o escoamento da produção. Também é importante dizer que na mesma estrada que passa o produto agrícola, também passa a ambulância, também passa o ônibus escolar, também passa todo o conjunto da circulação de mercadorias e de serviços necessários para aquela região – afirma o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
As prefeituras que comprarem os produtos da agricultura familiar para a merenda das escolas ou para o Programa de Aquisição de Alimentos passarão a ter o combustível das máquinas pago pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O órgão já identificou pelo menos 600 municípios que terão direito à ajuda, o que deve acontecer a partir de março.
– As pessoas produzem, mas, muitas vezes, não têm o canal de comercialização direto e acabam ou não produzindo ou encalhando os seus produtos. Quando a gente fecha esse circuito da produção também vai dinamizar a produção das nossas famílias assentadas e, com isso, melhorar a implantação dos projetos de assentamento e tornar essas áreas cada vez mais produtivas – explica a diretora de programas do Incra, Hérika Borges.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, elogia a ação do Incra, mas alerta que ela precisa ser acompanhada de outras medidas como incentivos à formação de cooperativas rurais, para que os agricultores possam ter maior volume de produção. Além disso, as políticas teriam que contar com o monitoramento da sociedade.
Por não manifestarem interesse em receber as máquinas, 171 municípios ficaram de fora do programa.