Os representantes da iniciativa privada solicitaram a prorrogação dos financiamentos a vencer em 28 de fevereiro e a prorrogação da Linha Especial de Crédito à Comercialização, e ainda a manutenção da laranja na Política de Garantia de Preços Mínimos. Também pediram que seja mantido o programa de ajuda emergencial aos citricultores pelo governo de São Paulo.
— Estamos atentos a essas demandas. O governo tem um direcionamento muito claro que é acompanhar essas culturas. Nós já fizemos intervenção na sustentação de preços e agora estamos trabalhando para atender o setor no que for possível — afirmou Geller ao lembrar que as políticas para viabilizar o setor de citricultura estão sendo formuladas.
Segundo o secretário, ainda existe a possibilidade de se prorrogar o preço mínimo da caixa de laranja que está hoje em R$ 10,10.
Em janeiro passado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou a manutenção até 28 de março de 2013 do preço mínimo da laranja da safra 2012 em R$ 10,10 a caixa de 40,8 quilos. Na ocasião, o Ministério da Agricultura informou que a medida atenderia demanda dos produtores que, em virtude de questões climáticas e logísticas, tiveram a safra estendida mais que o previsto. Com a medida, o Ministério da Agricultura foi autorizado a aplicar R$ 50 milhões na política de sustentação de preços da laranja.
A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) divulgou, na semana passada, uma estimativa preliminar para a safra citrícola 2013, que se inicia oficialmente em julho, a qual está projetada em 281 milhões de caixas no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro. Se confirmado, o levantamento representará uma queda de 22,8% ante as 364 milhões de caixas da fruta previstas para serem colhidas na safra 2012/2013, que termina em junho. Segundo a CitrusBR, a redução de 83 milhões de caixas de laranjas ocorre principalmente pela bianualidade da laranja, que alterna uma safra com boa produção com outra de menor oferta.
Suco
A cadeia produtiva também estuda maneiras de aumentar o consumo do suco de laranja integral. A idéia é que a produção fique isenta de impostos como PIS e Confins, o que tornaria a o produto mais acessível ao consumidor
— É um suco que existe em algumas prateleiras do mercado, mas muito pouco. O consumo é muito baixo. O que se consome hoje no Brasil são néctares, uma mistura de água e açúcar. O que nós queremos realmente fazer é uma parceria entre produtores, indústrias e envasadoras para que nós possamos inserir ele 100% no mercado brasileiro — afirma o presidente da Câmara Setorial da Citricultura, Marco Antônio Santos.