A secretária de Agricultura de São Paulo, Mônika Bergamaschi, vai reformular as operações de seguros sanitário e climático no Estado, acabar com o financiamento público de 100% do prêmio pago pelo produtor e ampliar o número de agricultores nos programas.
? Vamos conversar com o setor e fazer, sim, uma subvenção ao prêmio, porque o subsídio de 100% é insustentável ? ratificou Mônika.
O programa de sanidade para citros foi anunciado em junho de 2010 como o primeiro do gênero no setor agrícola do país, com uma verba anual de R$ 35 milhões. Do total, R$ 14 milhões foram destinados aos produtores no primeiro ano de operações, com a subvenção total do prêmio do seguro contratado por produtores com até 20 mil plantas, o que abrange 80% dos 19,6 mil citricultores paulistas.
Para erradicar uma planta com greening, a pior praga da citricultura, o produtor foi indenizado em R$ 4, e em R$ 19 por árvore com cancro. A diferença ocorre porque, no caso do greening, o produtor pode plantar imediatamente uma planta nova no lugar da erradicada. Já em relação ao cancro, o prazo é de dois anos para um novo cultivo.
A secretária não confirma, mas com a redução no pagamento do prêmio e a parceria com o Ministério da Agricultura, o governo paulista pode ampliar o atendimento aos produtores com até 40 mil plantas. Já o seguro climático existente desde 2004 e disponível para praticamente todas as culturas paulistas, também está em processo de reavaliação, de acordo com Mônika, mas ainda não há definição sobre o assunto.