– Temos uma certa fragilidade na área de assistência técnica e extensão rural. O governo está construindo uma política para essas áreas e estamos pensando na criação de uma agência capaz de de providenciar e disseminar as melhores práticas a partir de protocolos e pacotes tecnológicos, criando e especializando um grupo de agentes públicos que terá ligação com os órgãos de extensão estaduais e cooperativas. Esse talvez seja um dos maiores desafios do meu governo – disse ela na cerimônia.
Ao falar sobre a criação da agência, após a solenidade, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, lembrou que o país dispõe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para fazer estudos na área. Segundo ele, o ramo da assistência técnica também precisa de um órgão específico. A ideia é que as duas agências trabalhem de forma articulada.
Segundo a presidente, a agência só pode existir em cooperação com os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário. Para Dilma, a Embrapa é a grande produtora de conhecimento, junto com todos os laboratórios e institutos de pesquisa e o conjunto dos produtores.
Dilma ainda destacou a importância da agricultura para o enfrentamento da crise econômica internacional e considerou que não há contradição entre a preservação ambiental e a agricultura comercial. Ela citou dados sobre o crescimento da produção com pouco avanço da área ocupada.
– Conseguimos crescer nossa agricultura em 180% e, ao mesmo tempo, ter um crescimento de cerca de 30% da área ocupada. Isso é crucial porque mostra que somos capazes de crescer com uma área relativamente reduzida, mostra que o crescimento não é incompatível com preservação ambiental – disse acrescentando que o Brasil tem 60% dos biomas florestais intocados, mesmo sendo a maior potência agrícola.