Governo federal vai avaliar custos de produção do trigo no Rio Grande do Sul para elevar preço mínimo

Ministério da Agricultura também definiu calendário de realização dos leilões para subvenção do produtoO Ministério da Agricultura vai avaliar os custos de produção de trigo no Rio Grande do Sul para elevar o preço mínimo do cereal. O assunto foi discutido durante reunião da Câmara Setorial das Culturas de Inverno, realizada nesta terça, dia 23, em Brasília.

Depois de anunciar R$ 150 milhões para subvenção ao preço do trigo, o governo federal definiu o calendário de realização dos leilões. No Paraná, a saca está sendo vendida a R$ 30. Nos dias 7, 14, e 21 de outubro, serão escoadas 100 mil toneladas da produção paranaense em cada uma das datas. No dia 28 de outubro, o leilão será para 50 mil toneladas do Paraná e 100 mil toneladas do Rio Grande do Sul. O grão será destinado principalmente para as regiões Norte e Nordeste do país.

– Isso representa uma pequena parcela em relação à produção brasileira, que deve ser 7 milhões toneladas. Participação pequena, porém os leilões vão continuar. Os leilões são importantes porque esse produto vai ser retirado da região produtora, o que mexe com os preços de mercado – avalia o presidente da Câmara Setorial das Culturas de Inverno, Flávio Turra.

O Ministério da Agricultura também se comprometeu a reavaliar o preço mínimo do trigo, hoje em R$ 33,45. Para os produtores, o preço mínimo ideal seria de R$ 40 a saca. Ainda em outubro, a Conab vai fazer um levantamento dos custos de produção para definir o novo valor, que é esperado já para a próxima safra.

– Este preço atual foi reajustado para a safra 2014 em 5% para o tipo 1 pão, os demais não foram reajustados. Consequentemente, isso não cobre os custos de produção. O produtor recebe, quando recebe R$ 25, para executar em 60, 70, 80 dias. Demora para comercializar. Vamos torcer que com redução do ICMS que a Farsul lutou, e o governo manteve até o fim de outubro de 8% para 2%, consigamos evacuar a safra velha e que a safra nova não encontre a velha, porque isso seria um desastre – afirma o presidente do grupo Trigo da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul, Hamilton Guterres Jardim.