De acordo com o diretor de Biodiversidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Marcelo Marcelino, um plano de ação define as estratégias de redução de riscos e de recuperação de uma espécie.
? O plano também cria um calendário de ações e condições para avaliar o que está sendo executado e que ações estão sendo eficientes para a proteção ? afirma Marcelino.
Apesar do esforço, os resultados apresentados pelo Brasil estão muito aquém dos compromissos assumidos pelo país no âmbito da Convenção sobre Diversidade Biológica, o mais importante acordo internacional para a proteção da fauna e da flora do planeta.
? Não cumprimos a meta de ter planos de ação para todas as espécies, mas estamos repactuando essa meta para atingir 100% das espécies em 2014 ? acrescenta.
O diretor reconhece que, mais do que criar os planos de ação, o desafio é colocá-los em prática. Ele defende que a conservação da biodiversidade seja considerada uma questão central na definição de políticas e de investimentos do governo.
? O Brasil vai crescer muito nos próximos anos e isso causa impacto à biodiversidade. Nossa missão é compatibilizar os dois interesses. O ICMBio não é um órgão de obstáculo ao crescimento. Queremos o crescimento, mas de forma compatível com a conservação ? alega.
Dono da maior biodiversidade do planeta, o Brasil tem 629 espécies ameaçadas de extinção.