Governo fixa preços mínimos para produtos extrativistas

Objetivo é garantir renda e capacidade produtiva das comunidadesO governo fixou preços mínimos para os produtos extrativistas como a borracha, o açaí, babaçu e pequi. O objetivo é garantir renda e capacidade produtiva das comunidades que vivem do extrativismo nos biomas do Cerrado e Amazônia, além de preservar o meio ambiente. A próxima reunião do Conselho Monetário Nacional, em outubro, deve aprovar os preços mínimos de outros seis produtos.

Desde o ano passado, o Ministério do Meio Ambiente e a Casa Civil discutem a melhor forma de incluir os produtos extrativistas, principalmente os produzidos nas regiões do Cerrado e Amazônia, na política de garantia de preços mínimos do governo federal. Pelo menos cinco milhões de pessoas em todo o país fazem parte de comunidades que vivem do extrativismo.

De acordo com o diretor de Logística e Gestão Empresarial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, a inclusão do preço mínimo é uma estratégia do governo para promover o desenvolvimento sustentável, além de valorizar os produtos, gerar renda e preservar o meio ambiente.

A última reunião do Conselho Monetário Nacional aprovou o preço mínimo de quatro produtos: R$ 0,61/kg para o açaí; R$ 1,46/kg para o babaçu; no caso do pequi, o preço garantido é de R$ 0,21/kg para as regiões do Norte e Nordeste e R$ 0,31/kg para as demais regiões. A borracha natural está fixada em R$ 3,50/kg.

A expectativa é de que na próxima reunião do conselho, em outubro, sejam aprovados os preços mínimos para outros seis produtos. O prazo para que a resolução seja sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva é dezembro deste ano. Para que, em 2009, os preços mínimos já estejam valendo.