Garcia afirmou que o acordo alcançado no sábado, em Assunção, pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Lugo estabiliza as relações “que vinham sofrendo um certo desgaste”. Neste sentido, o assessor da Presidência destacou que a posição do governo Lula sempre foi de “que não basta a prosperidade do Brasil em um quadro de crise econômica e social em países vizinhos”.
? Não podemos ser uma ilha de prosperidade cercados de um oceano de desigualdade social ? acrescentou Garcia.
Para ele, o acordo, que chega após 10 meses de tensas negociações, “vai beneficiar o Paraguai e não criará nenhuma carga para o consumidor brasileiro”.
Assim, o assessor da Presidência explicou que os custos que o convênio pode gerar para o Brasil serão assumidos “em parte pelo Tesouro e em parte por uma série de soluções técnicas que estão sendo estudadas e que serão anunciadas nos próximos 60 dias”.
Depois disso, em 90 dias, Lula e Lugo se reunirão para analisar as soluções.
Garcia admitiu ainda que o Paraguai tinha maiores pretensões econômicas que não foram contempladas no acordo, mas não deu mais declarações sobre o assunto.
? Sempre se quer mais, mas foi uma proposta aceita pelo Paraguai e a última que eles fizeram ? explicou.
Também ressaltou que a assinatura do tratado foi “muito bem amparada no Paraguai” e contribui, além disso, para estabilizar a situação política do país, o que “é bom para a região”.