Os triticultores temem a queda no preço do produto como aconteceu no ano passado, quando foi permitida a importação de dois milhões de toneladas de fora do Mercosul com isenção de tributo. O governo não descarta uma redução da TEC, mas não no curto prazo.
Mesmo com o aumento de 10% previsto para a produção brasileira de trigo, o país deve ter que importar mais de quatro milhões de toneladas este ano.O exportador tradicional é a Argentina. Entretanto, com a forte quebra de safra, causada principalmente pela seca das últimas décadas, o volume destinado às vendas para o Brasil deve ser reduzido. Diante da hipótese de falta de produto, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) chegou a cogitar a hipótese de zerar a TEC para poder importar de outros países, como Estados Unidos e Canadá.
O conselheiro da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo), Lawrence Pih, defende esta solução. Segundo ele, é mais vantagem importar o produto do que produzir, uma vez que o subsídio dado ao agricultor nacional fica muito caro. Ele lembra que, enquanto o custo da produção de uma tonelada pela Argentina fica em US$ 100, no Brasil passa de US$ 200.