Uma pesquisa ouviu especialistas de saúde em todo o Brasil e revelou que o homem deixa de procurar o médico principalmente por causa de barreiras culturais. O estudo mostrou também que a incidência de doenças e a mortalidade são mais altas entre o público masculino.
? É muito comum que os homens só procurem o serviço de saúde quando perdem totalmente a sua capacidade de trabalho, no limite, ele perde um tempo precioso de diagnóstico precoce ou de prevenção e só procura o serviço quando está no limite ? disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante o lançamento do programa.
Para mudar essa realidade, o programa pretende fazer com que 2,5 milhões de homens com idades entre 20 e 59 anos procurem o serviço de saúde, pelo menos uma vez por ano. Para isso, o governo vai melhorar a oferta de atendimento. A expectativa é aumentar em 20% o número de ultrassonografias de próstata e em 10% a quantidade de cirurgias para tratar doenças do trato genital do homem, como o câncer.
? Cada gestor dentro da sua realidade específica, pode ser um município da área rural, pequeno, é outro contexto, pode ser uma grande região metropolitana onde se tem uma massa muito grande de trabalhadores homens, a maneira como vai organizar esse atendimento fica a critério de cada gestor ? acrescentou Temporão.
O ministro da Saúde também comentou o número de mortes causadas pela gripe A no país.
? Nós estamos no Hemisfério Sul em pleno período de frio, enquanto que os países do Hemisfério Norte estão no verão. Então na realidade essa situação com certeza vai mudar bastante e eu quero chamar atenção que o número bruto de óbitos não é indicador. O indicador que tem que ser utilizado é o de mortalidade por 100 mil habitantes e nesse contexto o Brasil está em 7º lugar ? concluiu José Gomes Temporão.