Grande parte dos contratos, 4.444, será destinada a rizicultores gaúchos, os maiores produtores nacionais do cereal, enquanto o restante, 444, vai para Santa Catarina. O governo lança contratos de opção de venda para garantir a sustentação dos preços pagos ao produtor. No momento de vencimento do contrato, os rizicultores têm a opção de entregar a produção à Conab ou negociar no mercado, caso os preços estejam melhores.
De acordo com a Conab, cada contrato prevê a venda de 27 toneladas de arroz por R$ 16.389, o que representa um valor de R$ 30,35 por saca de 50 quilos. O prêmio de abertura a ser pago pelo produtor é de 0,5%, podendo aumentar dependendo da procura pelos contratos.
Segundo o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Carlos Farias, a tendência é que os produtores continuem procurando pelos contratos. “A expectativa é que os produtores mantenham o interesse nos leilões, já que o mercado vem praticando preços inferiores aos estabelecidos pelos contratos”, afirmou por meio de nota.
O produtor interessado em comprar os papéis devem procurar uma das 25 bolsas de mercadorias habilitadas pela Conab e autorizar um corretor a fazer a operação em seu nome. A lista com as instituições autorizadas está na página oficial da estatal na internet.
Este ano o governo já negociou 9.164 contratos, totalizando 247,43 mil toneladas de arroz que abastecerão os estoques públicos caso os rizicultores resolvam exercer seu direito de venda ao governo.
Representantes dos rizicultores gaúchos se reunirão, nesta terça, com o presidente da Conab, Wagner Rossi, o diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, José Carlos Vaz, e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, em encontros separados, para discutir os mecanismos de comercialização da safra 2009 e possíveis apoios governamentais para amenizar os prejuízos que, segundo eles, teriam sido causados pela queda nos preços do cereal.
Segundo o deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS), representante do setor na Câmara dos Deputados, o governo precisa reavaliar a importação de arroz de países vizinhos e abrir novos mercados para o produto nacional.
? Exportação é um das nossas soluções, nós temos que continuar exportando. O arroz brasileiro está se firmando no exterior ? afirmou.