Dados do Departamento de Economia Agrícola do Ministério mostram que o montante liberado para a agricultura comercial é o maior desde a crise financeira mundial de 2008. Em nota, o Ministério confirmou que foram liberados mais de R$ 56,3 bilhões para os produtores rurais entre julho de 2009 e março de 2010.
Esse valor é 26% superior ao aplicado no mesmo período da safra passada. Os recursos para custeio e comercialização chegaram a R$ 44,8 bilhões, beneficiando também produtores que lançaram mão de linhas de crédito para estocagem.
? Para a comercialização, na safra atual, já foram aplicados mais de R$ 14,7 bilhões, representando crescimento de, aproximadamente, 40% em relação ao ciclo anterior ? observa o coordenador-geral de Análises Econômicas do Deagri, Marcelo Guimarães.
Em nota, a secretaria informa que do total de R$ 14,7 bilhões para a comercialização, R$ 6,6 bilhões foram concedidos por meio de Empréstimo do Governo Federal (EGF). A Linha Especial de Crédito (LEC) responde por R$ 628,5 milhões do total destinado ao reforço da comercialização de café, milho, lã, mel, carne suína e frutas. Esse último recebeu R$ 29 milhões da LEC para maçã, pêssego e goiaba. A linha de crédito incentiva a agroindústria de sucos de frutas e outros derivados.
Dos R$ 54,2 bilhões programados para custeio e comercialização a juros controlados, foram empregados R$ 35 bilhões, crescimento de 18% em relação ao mesmo período da safra passada.
Entre julho de 2009 e março de 2010, o crédito concedido pelo Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa) foi de R$ 330 milhões, cinco vezes mais do que o volume empregado no mesmo período do ciclo agrícola.
? Esses números comprovam o forte interesse que o programa vem despertando mais recentemente nos bancos e produtores rurais ? segundo Marcelo Guimarães.
A utilização de recursos do Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural) superou R$ 2,2 bilhões, incluindo custeio e investimento, entre julho de 2009 e fevereiro de 2010. O programa é destinado ao produtor de médio porte, que foi beneficiado com quase cinco vezes mais recursos do que no mesmo período da safra 2008/09.