Governo libera importação de 1 milhão de toneladas de milho dos EUA

Segundo Blairo Maggi, há também 2,5 milhões de toneladas do cereal disponíveis para importação do Paraguai e mais de 15 milhões de toneladas da Argentina

Fonte: Canal Rural

O presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. e representantes de agroindústrias produtoras e exportadoras de aves e de suínos do setor foram informados, nesta segunda-feira (1º), que o governo vai liberar a importação de 1 milhão de toneladas de milho dos Estados Unidos. A informação teve como fonte o próprio ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. 

A informação foi repassada durante encontro de um comitê de crise constituído por empresas associadas à ABPA, com o objetivo de debater ações emergenciais frente à crise vivida pelo setor com as altas superiores a 100% dos preços do milho neste ano, além da escassez do insumo em diversos polos de produção.

Segundo Turra, a autorização terá vigor até outubro deste ano. “Os Estados Unidos estão colhendo uma grande safra e tem excedentes consideráveis. Além disto, as estimativas de preços de compra feita por lá são mais atraentes do que o praticado em nosso mercado interno, ou mesmo junto aos países do Mercosul.  Será um grande alívio para todo o setor”, destaca o presidente-executivo da ABPA.

Segundo a ABPA, Maggi informou ainda que, além do 1 milhão de toneladas de milho dos Estados Unidos, há 2,5 milhões de toneladas do insumo disponível para importação do Paraguai e mais de 15 milhões de toneladas da Argentina.

Assim, a colheita do cereal no Brasil, que vem superando as previsões da Companhia Brasileira de Abastecimento (Conab), também deverá reduzir a pressão sobre o custo de produção.

“Não queremos que se gere entraves a quem exporta, criando tarifas ou qualquer restrição. O setor busca, apenas, o equilíbrio de mercado com o livre acesso aos insumos, seja pela compra interna ou pela importação”, diz Turra. “O Governo está preocupado com a elevação dos preços das proteínas ao consumidor, o que é inevitável diante dos atuais patamares de custos”, conclui.