Foi a partir desses estudos do governo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu incentivar a construção civil ? preocupado com a queda no nível de emprego.
Mas embora Lula tenha anunciado que apresentará medidas de incentivo ao crescimento até o fim deste mês, ainda não há consenso entre integrantes da equipe econômica sobre o que fazer. O desafio é manter o consumo, impedir o desemprego generalizado e criar condições para as empresas investirem. A ordem do presidente é desonerar investimentos e liberar linhas de crédito, mas o Planalto tem observado com cautela o custo-benefício de cada medida.
Um ministro disse à reportagem que o nó está justamente aí. Em outras palavras: o governo não pode abrir mão de receita sem ter certeza de que o setor a ser beneficiado é gerador de empregos, tem mercado para seus produtos e vai garantir a produção.
Meta é blindar os setores estratégicos
A meta do presidente, agora, é blindar os setores mais estratégicos, na tentativa de impedir quebradeira. Lula insiste, em todos os pronunciamentos, que a recessão não chegará ao Brasil.
Não é um discurso apenas para público externo: nas reuniões reservadas com auxiliares ele também repete o mesmo argumento e diz que o crescimento do país foi construído em bases sólidas.
Apesar de o Orçamento Geral da União indicar uma previsão de expansão do PIB de 3,5%, Lula está otimista: acha que o país crescerá na casa de 4,5% no ano.