Após o embargo da União Europeia em 2006, as exportações do produto caíram de 25 mil toneladas para 18 mil no ano passado. O que evitou uma queda mais acentuada foram as vendas para os Estados Unidos. Hoje, o volume exportado corresponde a apenas metade da produção brasileira. Com tanto excedente no mercado interno, o preço do mel passou a sofrer fortes variações, o que prejudica quem produz.
Para ajudar o setor, o governo decidiu colocar à disposição dos produtores uma linha especial de crédito que estimula a estocagem. Segundo o coordenador geral de Culturas Permanentes do Ministério da Agricultura, o mecanismo se tornou um instrumento de garantia de renda.
? É uma linha que permite o produtor comercializar em condições de mercado mais favoráveis. O mel, ao longo do ano, pode ter uma variação de preço, e ela permite o produtor carregar esse produto e escolher o melhor momento, seja no mercado interno ou externo ? explica João Antônio Salomão.
Para ter direito à LEC, indústrias e beneficiadoras precisam comprovar a aquisição do mel diretamente de produtores ou cooperativas pelo preço igual ou superior a R$ 2,70 o quilo. O limite de crédito é de R$ 10 milhões para as indústrias. A taxa de juros foi fixada em 6.75% ao ano, e o pagamento deve ser feito em no máximo seis meses.