A principal medida reduz de 12% para 3,5% o ICMS a ser recolhido pelo setor. As empresas não podiam dar crédito nem para as indústrias instaladas no Estado, que utilizam o amido. Elas acabavam comprando a matéria prima de Mato Grosso do Sul e São Paulo, que concedem o benefício. Agora, o Paraná pode oferecer as mesmas vantagens.
? Atualmente as empresas aqui, internas, podem dar créditos, então o consumo da fécula dentro do Estado do Paraná vai ser pelas empresas que produzem aqui. Além disso, o governo também nos proporciona dar 12% de crédito para empresas de outros Estados que consomem fécula, nós podemos aplicar uma redução de 70%, que dá uma alíquota de 3,5%, e ainda utilizar os créditos de entrada da energia elétrica, das embalagens e de outros itens, então o que ocorre hoje é que o Paraná ficou muito competitivo ? explica o Presidente do Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná, João Eduardo Pasquini.
O Paraná fabrica 74% da fécula ou amido nacional. Foram 430 mil toneladas em 2010. O setor acredita que a partir de agora pode competir com preços mais equilibrados no mercado e crescer pelo menos 10% até o próximo ano.
As medidas foram aprovadas por decreto em maio e valem até dezembro. Para as indústrias, que compram 86% da mandioca da agricultura familiar, toda a cadeia foi beneficiada. O gerente de suprimentos agrícolas de uma grande indústria de alimentos, Hélio Minoru Oyama, que produz mais de 600 itens, comemora as alterações fiscais no Paraná.
? Nós conseguimos aumentar a nossa venda principalmente para a região sudoeste e centro-oeste. A gente não conseguia essa venda devido ao preço de outros Estados. Os outros Estados tinham uma carga tributária menor. Com isso nós conseguimos aumentar a nossa venda em 15%, 20%. A empresa está com projetos em andamento, nós estamos fazendo um investimento grande em Paranavaí (PR) e também na nossa unidade em Guaíra (PR) ? afirma Oyama.