– Vamos diminuir o tráfego de grandes caminhões nas rodovias movimentadas e dentro dos municípios, criando rotas alternativas para a produção, como estamos fazendo no setor sucroenergético. Esse projeto também vai deixar o Paraná mais competitivo – disse o secretário estadual de Infraestrutura, José Richa Filho.
O presidente da Apre, Gilson Geronasso, disse que a parceria é uma conquista importante para o setor.
– É o reconhecimento da relevância da base florestal para o desenvolvimento econômico e social do Paraná.
A primeira etapa do estudo, concluída sexta, dia 6, levantou informações de 11 empresas do setor agroflorestal, em Irati, Inácio Martins, Rio Azul, Mallet, União da Vitória, Palmas, Bituruna e General Carneiro.
Técnicos do DER e da Apre visitaram as empresas, que concentram a maior produção agroflorestal do Estado e percorreram alguns dos caminhos da produção.
– Levantamos basicamente quais rotas as empresas usam e quais as dificuldades que elas encontram nesse processo – disse a coordenadora de planejamento da Secretaria de Infraestrutura, Josil Voidela Baptista.
Ela explicou que o objetivo da primeira etapa é executar um projeto-piloto, que contemplará os oito municípios do Sul do Estado e que ficará pronto até o fim do ano. O projeto agroflorestal completo será feito em 2014 e vai beneficiar quase cem municípios paranaenses.
– Após o levantamento, poderemos ver quais caminhos alternativos temos que criar para melhorar o escoamento, além de identificarmos as obras que serão necessárias, como readequação e construção de pontes, contornos, trincheiras, trevos e alargamento e melhoramento de pistas – explicou a coordenadora.
A Apre ficou responsável por identificar as questões técnicas que envolvem os materiais produzidos, como o volume transportado, quais tipos de madeira são escoados, área explorada e os equipamentos utilizados. As empresas ficarão responsáveis pelos projetos de engenharia e os técnicos do DER irão acompanhar as visitas de campo dos técnicos da Apre, para verificar o que será necessário no decorrer do projeto.
Até o fim do ano será assinado o termo de cooperação que identificará as responsabilidades de cada setor, como orçamento, obras e projetos que farão parte do programa.
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Setor sucroenergético
Outro programa, que faz parte do Caminhos do Desenvolvimento, visa a criação de caminhos alternativos para melhorar as estradas utilizadas no escoamento de cana-de-açúcar. O governo do Estado, em parceria com a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), vai investir R$ 300 milhões para a modernização de estradas rurais utilizadas pelo setor sucroenergético.
As ações envolvem a recuperação de 1,5 mil quilômetros de estradas municipais e a construção de 151 pontes e 49 trincheiras. Serão beneficiados mais de 1,5 milhão de paranaenses do Norte e Noroeste do Estado, de 75 municípios.