Na última semana, uma medida provisória foi aprovada, no Senado, para ajudar os abatedouros com problemas financeiros. Pela medida, será feito um financiamento para capital de giro para pelo menos 18 empresas em situação mais crítica. O projeto prevê que o Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Brasil reforcem o capital de giro das empresas, com uma linha de até R$ 1,2 bilhão.
De acordo com o jornal Valor Econômico, outro meio de auxílio ao setor seriam empréstimos para estocagem da produção de carne em até R$ 20 milhões por empresa. O objetivo seria ampliar a liquidez e compensar a recente elevação dos preços internacionais de commodities agrícolas básicas.
Outra linha de crédito de R$ 2,5 bilhão prevê o repasse, com o compromisso de recompra, de parte das carteiras de recebíveis das agroindústrias em garantia das operações. Além disso, o Tesouro Nacional passará a subsidiar os juros de empréstimos para capital de giro de agroindústrias, benefício que está incluído no projeto da medida provisória.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião com ministros e dirigentes de bancos sobre o cenário do agronegócio em 2009, mandou ajudar os frigoríficos numa tentativa em evitar que o setor fique mais deteriorado. Isso porque, um enfraquecimento na cadeia produtiva poderia colocar em risco pequenos produtores em todo o país e ameaçar seu desempenho, afetando o segmento do agronegócio que é um dos principais geradores de superávits comerciais. O sinal de alerta ao segmento dos frigoríficos começou com os prejuízos da Sadia com derivativos e foi completado pelo pedido de recuperação judicial do frigorífico Independência.