• Frente Parlamentar da Agropecuária pede suspensão da obrigatoriedade do seguro agrícola
Em reunião da Câmara Setorial de Seguros do Agronegócio nesta quarta, dia 2, líderes do setor afirmaram que não acreditam que a obrigatoriedade do seguro rural, prevista para julho, vá acontecer. Para a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), falta planejamento na execução do seguro rural.
– Se o produtor fosse contratar, ficaria muito alto o custo de produção. As margens da agricultura são baixas, entre 3% e 5%. Estamos falando de contratar seguros que passam de 10% do valor que coberto. Então um seguro de R$ 100 mil custaria R$ 10 mil no caso do trigo, por exemplo. Acreditamos que o governo deve postergar isso – avalia o diretor da Faep, Pedro Loyola.
A Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) garante que as operadoras têm capacidade financeira para atender a decisão, caso ela se mantenha. Mas o presidente da Comissão de Seguro Rural da Fenseg, Luiz Roberto Paes Foz, avalia que é preciso melhorias no sistema de banco de dados para que as operadoras tenham informações suficientes para oferecer o produto adequado ao agricultor. Além disso, a Fenseg cobra do Ministério da Agricultura o repasse dos valores pagos aos produtores no ano passado
– Para que se faça isso, precisamos ter um programa de subvenção sustentável. O governo deve para as seguradoras R$ 403 milhões do ano passado. Seguradora privada não pode ficar bancando programas, sinistros e ainda ter um buraco na empresa – diz Paes Foz.
O ministério da Agricultura, Neri Geller, garante que os valores começarão a ser pagos a partir do fim deste mês.
• Produtores gaúchos têm dificuldades em acessar crédito: