Na segunda, dia 16, representantes dos governo federal brasileiro vão tentar elevar as cotas de importação de carne suína, reduzidas pela Rússia em dezembro do ano passado.
O país aumentou as cotas norte-americanas de 40,3 mil para 100 mil toneladas, mas reduziu as de outros países de 197 mil para 177 mil toneladas. Essa fatia era dominada pelo Brasil.
O impacto foi sentido nas exportações. Em 2008, as vendas para o país caíram 19% em relação ao ano anterior, chegando a 225 mil toneladas. Só em dezembro, os embarques diminuíram para apenas 11,85 mil toneladas, 67% menos que no mesmo mês de 2007.
? Com essa missão vamos tentar reverter a questão das cotas e recuperar o mesmo padrão do ano passado ? adiantou o secretário de Relações Internacionais do Mapa, Célio Porto.
Para a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCC), o governo federal deveria ter procurado o governo russo logo após o anúncio da redução das cotas.
? Esta é uma ação importantíssima que o governo brasileiro deveria fazer com mais frequência e com mais intensidade. E nós produtores, como toda cadeia produtiva, achamos que o governo brasileiro tinha que ser mais incisivo nas negociações internacionais, mais rápido na abertura de novos mercados e na consolidação de mercados atuais ? afirmou o presidente da entidade, Rubens Valentini.
A missão brasileira composta por técnicos do Mapa vai tratar de questões sanitárias. Durante toda a semana os brasileiros vão participar de reuniões sobre as áreas animal e vegetal. Entre os principais assuntos a serem discutidos estão o comércio de soja, farelo de soja, leite em pó e leite condensado, e a importação pelo Brasil do trigo russo.