Segundo Vaz, que é secretário-executivo da Pasta, a intenção do governo é criar um “plano plurianual de safra, previsível e efetivo”, que substituirá os anúncios feitos em junho de cada ano das linhas de financiamento público para o setor agrícola.
? Com o plano plurianual, os valores (de financiamentos) serão apenas atualizados, com a aprovação do Orçamento (da União) ? explicou Vaz.
O ministro interino explicou ainda que o mecanismo de proteção de renda do produtor deve ser lastreado em metas de produtividade e de parâmetros de custos, atualizados a cada cinco anos, provavelmente. Com isso, o produtor que não atingir as metas previstas e apresentar perdas de renda, deve ser socorrido pelo seguro.
? É a criação de um mecanismo de proteção ao produtor rural contra a volatilidade de renda ? resumiu Vaz, sem dar mais detalhes.
Ele defendeu ainda a criação de um “grande cadastro para os produtores e empreendimentos rurais brasileiros” para que seja mostrado, principalmente, quanto a produção futura do produtor será impactada com financiamentos bancários ou compromissos futuros, com bolsas, por exemplo.
? Criaríamos uma central de gravames (alienação fiduciária) até chegar a um momento em que o produtor depositará, em custódia, sua propriedade, sua produção futura e minimizará o risco. Com risco menor, poderemos ter mais crédito para o produtor ? disse.
Indagado pela Agência Estado se a criação dessa central de risco não traria uma aversão do produtor, que teria, por exemplo, de hipotecar bens, Vaz, que foi diretor de agronegócios do Banco do Brasil, resumiu.
? De maneira alguma, pois o produtor já dá como garantias bens quando vai solicitar financiamentos nas instituições financeiras; a intenção é diminuir o risco e facilitar o crédito ? concluiu.