Segundo o ministro, essa redução corresponderia a 1,08 bilhão de toneladas a menos de CO2 ante um total de 2,7 bilhões de toneladas, caso o país cresça a uma média de 4% nos próximos anos.
? Países como a China e a Indica dizem que vão dobrar ou triplicar a emissão de gases poluentes. Nenhum país em desenvolvimento tem metas tão ousadas quanto as nossas ? disse Minc.
Segundo ele, a proposta será apresentada na próxima terça, dia 3, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Minc divulgou ainda os números referentes às emissões de CO2 no período de 1994 a 2007, que vão servir de referência para estabelecer os dados sobre o avanço na emissão de gases poluentes nos próximos anos. O ministro não considerou os dados sobre o desmatamento da floresta amazônica, apenas os setores de agropecuária, energia, indústria e resíduos. Esses setores registraram aumento do 40% nas emissões, de 659 milhões de toneladas para 921 milhões de toneladas de CO2.
Entre 1994 e 2007, a agropecuária aumentou as emissões de gás carbono em 30%, de 369 milhões de toneladas para 479 milhões toneladas de CO2. A participação do setor no volume de gases poluentes no País se manteve em 25% no intervalo de 13 anos considerado pela pesquisa. A polução produzida pelo setor é causada pela fermentação entérica (arroto do gado), manejo de dejetos animais, cultivo de arroz, queima de resíduos agrícolas e solos agrícolas.
A indústria apresentou o maior aumento na emissão gás carbono, com acréscimo de 56% entre 1994 e 2007, de 21 milhões para 33 milhões de toneladas de CO2. Já a participação passou de 1,4% para 1,7%.
O setor de energia teve acréscimo 54% nas emissões, de 248 milhões de toneladas para 381 milhões toneladas entre em 1994 e 2007. A participação também aumentou, de 17% para 20%. Segundo Minc, a principal causa desse aumento foi o início da operação de novas usinas termelétricas no País nos últimos anos.
O aumento na emissão de gás poluente emitido por resíduos (estoque de lixos em áreas urbanas) foi de 32% entre 1994 e 2007, de 21 milhões de tonelada de CO2 para 27 milhões. A participação se manteve em 1,4%.
Para conter o avanço na emissão de CO2 provocado pelo setor agropecuário, o Ministério do Meio Ambiente definiu com a Embrapa novas metas de manejo do solo a serem aplicadas até 2020, em área correspondente a 11 milhões de hectares.
Esse plano inclui a integração da pecuária com a agricultura para reduzir o uso de pastagem, a recuperação de áreas degradadas e a ampliação do uso do plantio direto dos atuais 28 milhões de hectares para 40 milhões.