O Paraná é responsável por mais de 50% da produção nacional. Na última safra, os triticultores brasileiros colheram 3,8 milhões de toneladas do grão, frente a um consumo interno de 10,3 milhões de toneladas.
Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edílson Guimarães, a cultura é prioridade para o governo.
? Até 2012, o Brasil deverá produzir 60% do que é consumido no País, libertando-se em parte da importação do trigo argentino. Para isso, o governo está lançando uma série de mecanismos de apoio à comercialização.
A estimativa para a safra 2008/2009 é de uma colheita de 5,7 milhões de toneladas do cereal, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Para o secretário, eventos como o que está sendo realizado em Curitiba são essenciais para os ajustes que deverão ser feitos nesses instrumentos, como o da Aquisição do Governo Federal (AGF), leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) para as regiões Norte e Nordeste e nos leilões de contratos de opção de venda, por meio do qual o agricultor pode comprar o produto e entregar na data fixada (março de 2009), podendo antecipar para janeiro.
O diretor do departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola do ministério, José Maria dos Anjos, lembrou que o governo disponibilizou R$ 485 milhões para apoiar a comercialização desta safra.
Segundo Roland Guth, do Sindicato da Indústria do Trigo no Paraná, o trigo produzido no estado já está quase todo colhido, uma produção recorde em torno de três milhões de toneladas.
Uma das propostas apresentadas neste encontro, de acordo com Guth, é a criação de um fórum de competitividade, onde todos os atores do setor serão representados, a fim de contribuir com soluções para que os gargalos que impedem uma maior produção sejam solucionados a curto prazo.
? Um exemplo é a variação no preço do trigo, muito grande devido às oscilações do mercado internacional, e isso desestimula o produtor que planta numa safra e já não planta na próxima ? cita Guth.