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Governo promove ações para que candidato brasileiro assuma o comando da FAO

Principal adversário do ex-ministro Extraordinário para Segurança Alimentar, José Graziano, é o ex-chanceler espanhol Miguel MoratinosUm brasileiro tem chances de comandar, nos próximos quatro anos, o órgão das Nações Unidas para agricultura e alimentação, a FAO. Faltam cinco meses para a eleição em Roma, mas o governo brasileiro considera o assunto uma prioridade e está empenhado para que a candidatura de José Graziano decole. Há quatro anos o economista dirige o escritório da FAO na América Latina e agora está licenciado do cargo para fazer campanha.

Em julho, os 192 países membros da FAO vão escolher o futuro dirigente das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação. O Brasil lançou como candidato o ex-ministro Extraordinário para Segurança Alimentar, José Graziano, que no governo do presidente Lula implantou o programa Fome Zero.

? É muito importante termos um candidato com qualidades excelentes, com uma experiência na área de alimentos, de produção, de barateamento dos custo dos alimentos que é o José Graziano ? comenta o ministro da Agricultura Wagner Rossi.

Segundo maior produtor de commodities agrícolas do mundo, o Brasil teria posição atuante em defesa de alimentos baratos para os países pobres e atuaria com rigor na defesa da derrubada de subsídios agrícolas que distorcem o comércio internacional.

? A candidatura brasileira do professor Graziano pode ensejar a oportunidade de um organismo importante como a FAO ser um instrumento de difusão de um conhecimento que deu certo no Brasil. Vários outros países pretendem ter essa experiência para poder aumentar a produção local e diminuir a carência nutricional de suas populações ? salienta o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

O total de concorrentes a disputar a direção da FAO será divulgado em fevereiro. Por enquanto, o principal adversário de José Graziano é o ex-chanceler espanhol, Miguel Moratinos.

? A Espanha de fato tem investido muito na FAO e na cooperação agrícola, mas eu recordo que o Brasil também é um país que tem investido bastante na cooperação. Um dos focos da nossa cooperação internacional é o setor agrícola, onde a gente tem bastante tecnologia e técnica para mostrar para os outros países ? diz o diplomata do Itamaraty Saulo Ceolin.

? A Espanha não foi colocada de forma gratuita. Ela tem um peso na FAO, tanto pela contribuição como pela sua posição como produtora europeia de alimentos e numa economia mais próxima do que a gente poderia dizer uma economia agrícola. Então, isso, na verdade, a Espanha vai ser “osso duro de roer” ? analisa o sociólogo Sérgio Sauer.

As autoridades brasileiras estão empenhadas na candidatura. O Itamaraty já contabiliza apoios declarados dos países sul-americanos e de Língua Portuguesa. São necessários cerca de 75 votos para a vitória.

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