O Ministério da Agricultura prorrogou por um ano, a partir de 15 de janeiro de 2017, o prazo de vigência da emergência fitossanitária relativa ao risco de surto de lagarta Helicoverpa armigera no estado de Mato Grosso. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), no último dia 23 de dezembro, por meio da portaria de número 273. O estado de emergência permite aos produtores adotarem medidas excepcionais de supressão à praga, com acesso legal a produtos como o benzoato de emamectina, que ainda não está definitivamente liberado para o uso no Brasil.
“Essa é uma ótima notícia para os cotonicultores do estado de Mato Grosso, o maior produtor de algodão do país. Agora precisamos que o benzoato seja definitivamente liberado, pois ele é um dos produtos que se mostraram eficazes no combate dessa lagarta. A morosidade na liberação traz riscos econômicos, sociais e ambientais. Só a legalidade garante o controle”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), João Carlos Jacobsen Rodrigues, em comunicado.
O benzoato combate tanto a helicoverpa, como outras variedades do complexo de lagartas, como a espodóptera e a lagarta-da-maçã. Para o diretor técnico da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Nery Ribas, o estado de emergência é uma necessidade. “A helicoverpa está presente em nossas lavouras. Na safra passada, em virtude do clima seco, a pressão foi menor. O benzoato é uma ferramenta muito importante para combatê-la, e só podemos utilizá-lo na condição do estado de emergência”, afirmou.