As negociações com os japoneses já duram mais de 10 anos e com os coreanos, cerca de cinco anos. Para o secretário-substituto de Relações Internacionais do Agronegócio, Lino Colsera, que lidera a delegação, os entendimentos avançam dentro da dinâmica que o comércio internacional permite e o ministério já cumpriu os requisitos apresentados.
? Já enviamos todas as informações solicitadas pelos governos dos dois países e, inclusive, formalizamos convite para que autoridades sanitárias enviem missão ao Brasil, com objetivo de habilitar estabelecimentos catarinenses de abate ? detalhou.
Santa Catarina é hoje o único Estado que atende plenamente os requisitos da Coreia do Sul e do Japão para importar a carne suína in natura: tem o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Durante a viagem ao continente asiático, a delegação do ministério também visitará as Filipinas, a fim de validar o Certificado Sanitário Internacional (CSI). O documento é necessário para finalizar a aprovação da exportação.
Novos mercados
Conquistar mercados inéditos e reabrir outros estão entre as prioridades do Ministério da Agricultura para este ano, conforme anunciado pelo ministro Reinhold Stephanes. No mês passado, autoridades da Indonésia aprovaram cinco frigoríficos brasileiros para exportação de carne bovina in natura. A China efetivou, em junho, as importações de carne de frango a partir de 24 estabelecimentos, após abertura do mercado de aves em novembro de 2008.
Os esforços vão além dos países da Ásia. Técnicos do Escritório de Alimentação e Veterinária da União Europeia (FVO, sigla em inglês) escolheram Santa Catarina como destino de missão que irá averiguar, em outubro, as garantias sanitárias e os procedimentos de certificação para a importação de carne suína do Brasil. Em junho deste ano, a Rússia voltou a importar o mesmo produto e, atualmente, cinco estabelecimentos catarinenses já estão habilitados.