Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Governo realiza avaliação do Programa Nacional de Biodiesel para corrigir distorções

Especialistas divergem sobre mudança de 5% para 10% na mistura de biodiesel no diesel mineralO governo está realizando uma avaliação do Programa Nacional de Biodiesel para corrigir distorções. A afirmação foi feita pelo coordenador da área de biocombustíveis do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marco Antônio Viana Leite, durante um congresso em São Paulo.

Somente após os ajustes necessários deve ser elaborado um novo marco regulatório prevendo a elevação da mistura dos atuais 5% para 10% de biodiesel no diesel mineral. Apesar disso, representantes do setor têm opiniões diversas sobre o futuro do programa no Brasil.

O transporte público municipal de São Paulo tem uma frota de 15 mil ônibus. Cerca de 1,2 mil deles circulam com 20% de biodiesel, o chamado B20. O assessor para assuntos ambientais da Secretaria Municipal dos Transportes, Marcio Schettino, avalia que o impacto tem sido positivo para a cidade.

? Foi contabilizada uma redução de 22% na emissão de poluentes desses ônibus ? diz Marcio Schettino.

A circulação dos veículos com 20% de biodiesel na cidade de São Paulo não é mais considerada um teste. Segundo a prefeitura, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) autorizou o uso dessa mistura na operação regular para os 1,2 mil veículos que hoje rodam assim.

Isso foi necessário porque, atualmente, o Programa Nacional de Biodiesel prevê 5% de biocombustível misturado ao diesel convencional, o chamado B5. Os produtores acreditam que já existem condições para que uma mistura maior passe a ser utilizada em larga escala.

A produção no Brasil está em 2, 5 bilhões de litros. Mas o setor garante que hoje as usinas têm capacidade para o dobro disso. Durante o congresso, realizado na capital paulista, representantes da cadeia produtiva voltaram a cobrar do governo uma definição sobre um novo marco regulatório do setor.

? Já existem estudos bem avançados sobre os benefícios da evolução da mistura, tanto do ponto de vista ambiental como do ponto de vista sócio-econômico para os agentes da cadeia. Nós defendemos um novo plano nacional de biodiesel, que nos dê um horizonte até o ano de 2020, e que essa evolução vá sendo feita de forma gradativa, assim os agentes econômicos vão se ajustando ? observa Fábio Magdaleno, representante da União Brasileira do Biodiesel (Ubrabio).

A regulação do biodiesel está em discussão no Congresso Nacional. Mas, na avaliação dos produtores, isso não ocorre com a velocidade necessária. O especialista em biodiesel, Miguel Ângelo Vedana, entende que o governo tem que dar mais atenção ao assunto.

? O governo precisa ter um pouco mais de interesse para fazer com que seja feito um novo marco legal e a mistura seja aumentada. O etanol é o foco do governo hoje. O ministério de Minas e Energia tem um departamento de combustíveis renováveis e, tendo em vista esses problemas que o etanol vem causando com aumento de preço e falta de produção, o governo voltou todo esse pessoal para trabalhar com o etanol. Então, falta vontade política para fazer com que essas pessoas trabalhem também com o biodiesel ? diz Miguel Ângelo Vedana.

O representante da Casa Civil, José Honório Accarini, contesta a ideia de falta de vontade política e garante que o governo trabalha para resolver a questão o quanto antes.

? É basicamente a questão do preço do biodiesel. O custo dele é maior que o do petróleo e, para expandir o consumo no Brasil, isso vai impactar no consumidor final. A questão da qualidade do biodiesel também é muito importante, porque o biodiesel é um combustível biodegradável, então, ele precisa de um manejo diferente ? declara José Honório Accarini.

Sair da versão mobile